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Mexicanos fazem perfil das pessoas que tentam suicídio: família desestruturada tem grande importância no histórico dos pacientes

O suicídio ainda é uma das ocorrências que mais intrigam o meio médico. A todos interessa saber exatamente que motivos podem levar uma pessoa a tentar acabar com seu bem mais precioso, a própria vida. Uma pesquisa recentíssima, feita pela Facultad de Ciencias de la Conducta, da Universidad Autónoma del Estado de México, procurou respostas a algumas perguntas traçando um perfil de pessoas que tentaram suicídio e, sem conseguir, acabaram em hospitais. Verificou-se que 76% das tentativas de suicídio ocorrem a partir da ingestão de fármacos e excessivo consumo de álcool, sendo que o restante se lançou à frente de um carro em movimento (8%), se jogou no vazio (4%), ingeriu amoníaco (4%) ou cortou as veias (8%). A pesquisa foi feita por Lourdes Gabriela Villafaña Montiel, Gloria Margarita Gurrola Peña e Patricia Balcàzar Nava.

Surge da pesquisa a enorme relevância que a família parece ter no comportamento das pessoas que tentam o suicídio. Quanto aos motivos para o ato, 60% dos casos (ao todo a pesquisa ouviu 25 pessoas) citaram abandono pelo parceiro ou rompimento amoroso. Os demais citaram conflitos conjugais (12%), conflitos familiares (20%) e perda dos pais (8%). Quanto aos antecedentes familiares, verificou-se grande ocorrência de maltratos físicos e emocionais na infância (56%), violação (4%), violência intrafamiliar (16%), e infidelidade de parceiro (24%). Além disso, 60% relataram antecedentes de alcoolismo entre os pais. A auto-imagem também tem grande importância no perfil dessas pessoas.Grande parte deles têm um conceito negativo de si mesmos e sentimentos de culpa associados a religião. Verificou-se também que as mulheres tendem a usar métodos mais passivos e menos violentos na tentativa de suicídio, como a ingestão de medicamentos.

Fonte: Agência de Notícias Prometeu - 05/06/2003
http://www.prometeu.com.br/noticia.asp?cod=640

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